Em coletiva, produtores revelam ‘segredos’ da 6ª temporada de Lost

Em coletiva de imprensa ocorrida nesta terça-feira, produtores e parte do elenco de Lost se reuniram e responderam várias perguntas de alguns sortudos jornalistas. O E! Online esteve por lá e abaixo você confere os principais destaques com pequenos spoilers (envolvendo retornos de personagens) do que foi dito.

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    Perguntas feitas a Carlton Cuse

    E a Maggie Grace, vai reaparecer como Shannon?

    Adoraríamos ter a Maggie Grace de volta, mas ela está muito ocupada em sua carreira no cinema. Gostaríamos muito de dar um jeito e trazê-la de volta à série, falamos com ela e estamos tentando fazer com que funcione.

    Em que ponto da 6ª temporada Harold Perrineau (Michael) e Cynthia Watros (Libby) vão reaparecer?

    Na metade final da temporada.

    Há planos para trazer Charlie de volta?

    Sim, Dominic Monaghan está de volta em quatro episódios nessa temporada.

    E quanto a Malcom David Kelley (Walt)?

    Bem, com relação ao Malcom é mais complicado por causa da idade dele. Adoraríamos tê-lo de volta, mas ele cresceu e está muito diferente de seu personagem. Esse é o problema , portanto estamos tentando ver se encontramos uma forma de fazer isso funcionar.

    Com relação àqueles clips exibidos na Comic Com – o comercial de Hurley do Mr. Clucks e o programa mostrando Kate como uma das fugitiva mais procuradas do país – eles farão sentido depois da estréia, ou teremos que esperar para encaixá-los na mitologia da série?

    Penso que eles começarão a fazer sentido depois da estréia, mas vai levar alguns episódios para que tenham total sentido.

    E sobre o episódio que mostrará Helen (Katey Sagal)?

    Ele ocorre no primeiro terço da temporada.

    Obviamente vocês não poderão responder todos os mistérios, mas algumas coisas como os números…

    Não, obviamente, se não tratarmos do monstro, dos números e etc, seremos mortos, mas acreditamos que sabemos reconhecer quais são as grandes questões, e vamos dar respostas a elas.

    Em que estágio vocês estão na temporada?

    Estamos na metade das gravações do episódio 11, preparando o 12 e escrevendo o 13.

    Quão rápido voltaremos a ver a Claire?

    Não posso dizer.

    Qual é o tom da última temporada?

    Eu diria que parece muito com o da 1ª – os atores comentam muito sobre como se reconectaram – quase como se fosse nostálgico. Acredito que na 1ª temporada de qualquer série, os atores se unem, criam laços e então se acomodam um pouco. Mas com o fim da série, os atores tem a chance de refazer esses laços, da mesma forma que fizeram na 1ª temporada quando assistiam os episódios juntos toda quarta. Há um senso real de que as conexões entre aqueles personagens seja uma parte muito importante da série: por que esses personagens se cruzaram?

    Perguntas feitas a Damon Lindelof

    Você tem preocupações de que a série force a barra com a trama?

    Acho que à essa altura a série já fez isso pelo menos umas doze vezes, e para nossa sorte funcionou, mas para parte do público mais tradicional, não, afinal já houve um tempo que 23 milhões de pessoas assistiam a série e esse tempo se foi. Toda vez que a série assume um risco, haverá pessoas dizendo, “Eu não estava acompanhando uma série sobre viagem no tempo. Eu não gosto dessa série. Não quero mais vê-la.” Apesar disso, queremos contar a história com a qual nos comprometemos, na esperança de que o público continue conosco.

    Como o final de Lost se compara a outros recentes finais de série?

    Para mim o final de The Shield foi fenomenal, e certamente Newhart é um dos meus favoritos, mas dentre todos, o meu final preferido é o de M*A*S*H. Lembro de ter assistido com meu pessoal; Lembro que todos na nossa rua estavam assistindo; Lembro de Hawkeye basicamente dizendo, “Era um bebê, não uma galinha, era um bebê,” e quão emocionante foi quando o helicóptero finalmente decola e Klinger fica para trás; aquilo ficou comigo a vida toda. Em termos de encerrar uma série com a qual as pessoas realmente se importam e dar resoluções incríveis para os personagens, M*A*S*H seja a fonte de inspiração para o que estamos tentando alcançar. Dito isso, ela não era uma série de mistérios, portanto temos que respondê-los e dar ao público uma conclusão par os personagens que seja satisfatória, portanto só para registrar, gostaria de dizer que nosso nível de dificuldade é altíssimo.

    Perguntas a Josh Holloway

    O que acontece com Sawyer nessa temporada?

    Eles me deixaram no escuro desde o primeiro dia de gravações; Eu não sei e não quero saber. Chego, faço e pronto.

    O que você quer para o Sawyer nessa última temporada?

    Antes eu achava que ele deveria morrer salvando um sapo ou alguma coisa maluca do tipo, mas agora penso que talvez ele tenha recebido uma segunda chance na vida, embora não possa recomeçá-la do zero. Ele tem algumas coisas que fez no passado que precisa corrigir, e espero que as lições que aprendeu na ilha reflitam na vida real e ele possa ter uma segunda chance.

    Você vi continuar morando no Havaí depois que a série acabar ou vai se mudar de volta para Los Angeles?

    Farei ambos. Definitivamente me apaixonei pelo Havaí e tenho casa lá, mas LA é onde o trabalho está, portanto estarei por lá também.

    Perguntas gerais respondidas tanto pelos produtores, quanto pelo elenco presente (Emilie de Ravin, Daniel Dae Kim, Josh Holloway, Evangeline Lilly, Terry O’Quinn, Michael Emerson e Jorge Garcia).

    Sobre o sentimento em relação ao final da série

    Evangeline disse que vai chorar como um bebê quando a série acabar… “Tem sido tão intenso, que chegar ao fim vai ser uma mudança de vida.” Jorge Garcia, por sua vez disse que será um presente valioso, enquanto Josh Holloway disse que, “há um tom quase mágico no ar, como na 1ª temporada, nessa último ano há um senso de camaradagem.” Emilie de Ravin concordou e disse que o ano de despedida parece muito com a 1ª temporada do que com as demais. E para finalizar,o produtor Damon Lindelof disse que mal acreditava que eles deixariam a série terminar assim.

    Sobre quando decidiram como encerrar a série

    “A idéia final surgiu quando a mitologia estava sendo planejada na 1ª temporada e mais elementos foram sendo adicionados à medida em que a série evoluía. Entre a 1ª e a 2ª temporada tínhamos o desenho da mitologia – o final ainda não estava elaborado -, mas há elementos da arquitetura da série que continuam intactos, já o desenvolvimento dos personagens foi trabalhado ao longo do caminho”, disse Carlton Cuse.

    Sobre quando Terry O’Quinn descobriu que Locke estava morto

    “Soube exatamente quando vocês souberam na história, e foi mais fácil fazer quem aquele personagem é agora antes de saber que eu não estava fazendo o Locke”, disse O’Quinn.

    Sobre um possível spinoff

    Evangeline Lilly disse que todos eles vão hibernar depois que a série acabar.

    Sobre os momentos favoritos da série

    Emilie de Ravin: “Quando o elenco original está junto. Há um clima especial nisso.”

    Daniel Dae Kim: “A partida da balsa foi especial para mim… um momento memorável da 1ª temporada.”

    Josh Holloway: “Tenho tantos, mas gosto das cenas de grupo. Elas levam dois, três dias para gravar porque eles precisam cobrir todo mundo, mas basta se colocar na posição certa, e pronto, é só diversão.”

    Evangeline Lilly: “Foi aquele momento da 1ª temporada em que Claire dá a luz e Boone morre. Para mim, ele sintetizou tudo o que falávamos sobre a série. Geralmente não choro vendo Lost, mas quando vi aquele episódio chorei e lembro de pensar que estava muito orgulhosa de fazer parte daquilo.”

    Damon Lindelof: “ A sensação de ter que contar os planos da temporada para os executivos da ABC. Em certo momento no perguntamos se havia outro jeito de falar viagem no tempo.”

    Carlton Cuse: “Adoro a partida da balsa, também. A orquestra que fez aquela trilha aplaudiu na primeira vez que ouviram a música no vídeo.”

    Terry O’Quinn: “Não tenho nenhum momento específico, mas ficar sentado embaixo da árvore ouvindo o Naveen Andrews tocar violão e cantar é uma boa recordação.

    Michael Emerson: “Tenho muitas lembranças de confrontações de tirar o fôlego em salas pequenas, mas aquela cena quando Sawyer e Bem estão no alto de um penhasco no Havaí, citando Steinbeck (autor de “Sobre Ratos e Homens”), e eu tenho um coelho na mochila, é especial.

    Jorge Garcia: “Para mim, fugir de uma asa de avião prestes a explodir sempre estará na minha memória. E quando o cometa atinge o Mr. Clucks e estou caído no chão e há pedaços de frango sobre mim.”

    Sobre a estreia da 6ª temporada

    “Preparem-se para botar a cabeça para funcionar”, disse Lindelof.

    Carlton Cuse por sua vez, disse que a temporada começa exatamente depois do final de “The Incident”, mas não quis dar muitos detalhes para não entregar sobre o que a temporada será.

    Sobre quão serguros estão sobre o final da série

    “Tudo o que podemos fazer é dar o nosso melhor. O pior final que poderíamos dar é aquele seguro e que não arrisca nada. De uma forma geral, certamente haverá aqueles que dirão que esse é o pior final da história da TV, mas para compensar isso tenho minha mãe”, encerra ele em tom de brincadeira.

    Sobre cenas inéditas da temporada antes da estréia

    “Teremos promos com cenas inéditas pouco antes da estréia”, confirma Carlton Cuse.

    Sobre a natureza da 6ª temporada

    “Vamos mostrar quem aqueles personagens costumavam ser e quem eles são agora”, indicou Lindelof.

    Sobre a chance de já termos visto o final da série através de flashbacks ou flash forwards

    “Não, vocês ainda não viram o final da série”, esclareceu Carlton.

    Sobre participarem de convenções da série nos próximos anos

    “Espero que tenhamos coisas melhores para fazer”, disse Terry O´Quinn. Josh Holloway por sua vez, brincou dizendo que vai se aposentar e viver de convenções onde cobrará para dar autógrafos.

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16 COMENTÁRIOS

  1. Não deixaram escapar nenhum spoiller na entrevista, o que mais me chamou a atenção foi a afirmação deLindelof: “Vamos mostrar quem aqueles personagens costumavam ser e quem eles são agora”. Sempre tive a impressão de que todos os Losties eram tripulantes do Black Rock. Alguém teve a mesma sensação?

  2. "Espero que tenhamos coisas melhores para fazer, disse Terry O´Quinn. Josh Holloway por sua vez, brincou dizendo que vai se aposentar e viver de convenções onde cobrará para dar autógrafos".

    Achei meio rude da parte dos dois, mas vamos nos colocar no lugar deles:

    Durante 6 anos você rala gravando, tem de se mudar para o Hawaii, vive aquilo grande parte do dia, aí quando você tem folga fica sentado numa convenção com fãs chatos fazendo 500 perguntas repetidas (grande maioria inúteis) e pedindo autógrafos.

    Opa, pera aí, não foi tão rude assim. ;p

  3. "O pior final que poderíamos dar é aquele seguro e que não arrisca nada."

    Ok, acho legal da parte deles procurar terminar de um jeito diferente. Mas só espero que não seja um final do tipo matrix revolutions!

    "Entre a 1ª e a 2ª temporada tínhamos o desenho da mitologia – o final ainda não estava elaborado -, mas há elementos da arquitetura da série que continuam intactos"

    Acho que a questão do final planejado foi finalmente esclarecida. Quando eles diziam isso a maioria pensava que eles tinham o fim prontinho e imaginado antes da série começar. Eles criaram o final com antecedência, mas não logo de cara assim rsrsrs

  4. "“Vamos mostrar quem aqueles personagens costumavam ser e quem eles são agora"

    Acredito que estejam se referindo a evolução dos personagens em si, e não algo relacionado a mitologia da série.
    Como o próprio Davi comentou no último podcast, não podemos esquecer que LOST é uma série sobre pessoas.

    A mitologia está ai só pra não virar um draminha como outro qualquer, mas LOST sempre focou nos personagens e em seus problemas dentro e fora da ilha.

    A última temporada mostrara essa "evolução", que também concordando com o Davi, acredito que o Sawyer seja o que mais evoluiu…

    Todos queremos as respostas da mitologia, todos queremos saber sobre o monstro, a estátua, os números e as viagens no tempo, mas não podemos esquecer que LOST é uma série sobre pessoas.

  5. "Vamos mostrar quem aqueles personagens costumavam ser e quem eles são agora". Sempre pensei em Lost como uma série sobre pessoas – o sujeito na sua intrincada relação com o outro. Com o intuito de discutir isto criei o "Espaço Lost" dentro do meu blog (www.perdidosnocinema.blogspot.com) que não por acaso tem esse nome. Sentir uma obra e se deixar tocar por ela a ponto de se perder, eis a proposta de "Perdidos no Cinema". Convido todos a visitarem e participarem!

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