Terry O’Quinn… Um homem Importante!

Atenção! O texto contém SPOILERS da terceira temporada!

Fonte:The Los Angeles Time
Tradução por Carol Menescal

Nos últimos dois episódios de Lost, John Locke contou algumas mentiras, matou um “Outro”, explodiu uma escotilha cheia de equipamentos de comunicação e então colocou um explosivo no submarino dos Outros para prevenir que ninguém chegasse ou saísse da ilha. Isso seria uma espécie de grito de liberdade após passar semanas em um buraco no chão temporada passada, apertando botões. É como se o sentimento de imenso desperdício de tempo tivesse surgido nele.
A mitologia de Lost convocou Locke, interpretado pelo indicado ao Emmy Terry O’Quinn, como o personagem mais enigmático da série. Na verdade, a história de Locke e de O’Quinn traçam um paralelo com os altos e baixos da série da ABC que mudou a televisão há três anos atrás. Agora, três temporadas seguindo a jornada dos sobreviventes do desastre de avião, o que a maioria dos telespectadores intuiu desde o começo parece ser verdade: Locke é um cara importante. Mas ele é o sobrevivente mais importante? Os criadores de Lost nunca diriam isso de forma definitiva, mas eles admitem que têm contado os elementos mais importantes da série através das estórias dele.

“O coração da série”

O co-criador Damon Lindelof confirma que no final, Locke estará presente no grupo de personagens que tiveram mais importância na série. O produtor executivo Carlton Cuse tem um argumento com a maior finalidade que ele poderia sustentar: “O personagem John Locke é o coração da série”. Quando Locke embarcou no vôo 815 da Oceanic, ele estava na cadeira de rodas. Mas quando o avião caiu, ele pôde misteriosamente andar, e isso pareceu criar um vínculo dele com ilha para sempre. O episódio de 21 de março finalmente revelou aos telespectadores como ele foi parar na cadeira de rodas: o seu pai golpista, que anos atrás havia manipulado Locke para dar-lhe o seu rim, o empurrou pela janela de um prédio bem alto, com o intuito de matá-lo.

Como um fã da sua própria série, O’Quinn disse que entende a frustração do público com a mudança de horários e o número de perguntas que é maior frente ao número de respostas.”Se eu pegasse a história de Locke individualmente e a seguisse do começo da série até agora, para mim, é coerente e compreensível, e é interessante”, disse O’Quinn. “Mas porque existe tantas pessoas, é meio irregular. Isso é difícil para os fãs da série, trabalhar para juntar todas as peças do quebra-cabeça.”

Na primeira temporada, Locke era um sobrevivente seguro de si que incentivou a liderança de Jack (Matthew Fox), ajudou Charlie (Dominic Monaghan) a superar seu vício em heroína, construiu um berço para o bebê de Claire (Emilie de Ravin) e insistiu para que eles explodissem a entrada da escotilha. Locke também sacrificou a vida do seu companheiro sobrevivente Boone, intencionalmente quebrou o rádio transmissor, ganhou a sua rodada contra um ameaçador urso polar e se atreveu a olhar dentro do “olho da ilha”. “Eu recebia cartas e e-mails de pessoas que diziam que o meu personagem deu a elas esperança”, disse O’Quinn. “Isso foi tocante, e eu achava meu personagem sereno e forte. Mas aí ele se tornou fraco e confuso, e eu fiquei chateado com isso.

” Uma jornada paralela”

É interessante porque o ator tem uma jornada paralela com o personagem”, disse Cuse. “A frustração de Terry foi algo muito bom. E a sua constante desilusão com o papel foi também algo muito bom, porque isso é exatamente o que nós queríamos que o personagem fizesse.” “Nós continuamos mostrando para vocês estórias sobre ele tomando decisões equivocadas e sendo maltratado e enganado, isso tudo porque ele queria ser amado. Agora, que está na ilha, ele não está mais preocupado em precisar ser amado. Ele só quer encontrar seu lugar no mundo e isso é algo que Terry também está vivenciando.”

Os fãs suspeitam que Locke de Lost foi chamado assim como forma de homenagem ao filósofo do século 17, John Locke, que teorizou que a mente é uma tabula rasa – que significa que os indivíduos nasceram puros, sem conteúdo mental de nascença, e constroem o conhecimento e esse conteúdo através de suas próprias experiências de vida. Locke viveu sua vida marcada por dor e frustração até ele recuperar na ilha sua habilidade de andar, o que ele interpretou como um sinal que o destino o levou até lá para dar-lhe uma segunda chance. Dessa forma, Cuse disse, o personagem é o trampolim para explorar o problema de fé versus empirismo.

“A idéia original para Locke foi que precisávamos de um personagem que tivesse uma espécie de mistério acontecendo com ele”, Lindelof disse. “Ele era para ser bem misterioso e calado. O acidente de avião é a melhor coisa que já aconteceu com esse cara.”

“Eu não sei o quão central ele é”, O’Quinn disse, “mas… geralmente a estória tem importância quando ele está por perto. Eu acho que isso é por causa da qualidade mais secreta dele.” O ator caminha com freqüência descalço por duas horas na praia da sua casa em Oahu no Havaí até o set de filmagem.

“Enquanto todos os outros atores estão concentrados em Kailua ou em Lanikai, o lado mais povoado da ilha, Terry resolveu morar fora da civilização”, Cuse disse. “De várias formas, ele tem qualidades de um poderoso e intuitivo cara que evita pessoas… em paralelo com Locke como personagem. Ele é um cara muito seguro de si que realmente fez sua vida fora do seu trabalho como ator, e eu acho que isso deu a ele uma força interna pacífica.”
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3 COMENTÁRIOS

  1. Acredito muito nisso realmente, John Locke pra mim, é aquele que irá salvar todos os sobreviventes do vôo 815 no final da série. Tudo que ele faz é acreditando (e de alguma forma sabendo) que isso seja o melhor para todos, mesmo que agindo algumas vezes de maneiras duvidosas.

  2. Acho que cada um será importante para a salvação.

    Mas isso só acontecerá quando todos pensarem em cada um e cada um em todos. Ou seja, quando os interesses pessoais não forem mais importantes que os interesses do para o bem de todos.

    Sds,
    Becky.

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