Santoro em entrevista

O brasileiro fica todo poético quando fala sobre seu novo papel em Lost. “Eu tenho uma pequena confissão a fazer. Eu não acompanhava a série fielmente antes de pegar o papel. Estava ocupado. Então posso dizer que estava ‘perdido’quando entrei em Lost!”, brinca o astro do Rio de Janeiro.

Santoro fica na defensiva quando se trata de comentar segredos da trama na série sensação da ABC. “O que eu posso dizer a vocês, é que a audiência está prestes a conhecer muito mais sobre o meu personagem”, diz ele em entrevista concedida no Beverly Hilton.

O ator de 31 anos, faz Paulo em Lost, e interpreta o rei persa Xerxes no novo épico “300” sobre a batalha de Esparta que unificou a Grécia. Santoro também é conhecido pelo público americano como um dos 50 homens mais bonitos da revista People e por ter feito o interesse romântico de Nicole Kidman no comercial do perfume Chanel.

Sim, ele é solteiro.

Pergunta: Você é bem diferente do seu personagem Xerxes em “300”. Você tem cabelo!
Resposta: Sim… e sombrancelhas. Eu depilei meu corpo todo e não apenas os pelos do rosto para o papel. Começamos a depilar e não paramos. Foi uma experiência libertadora.

P. O filme é baseado na HQ de Frank Miller onde muitos dos personagens aparecem nús. Você teve que ficar nú no filme?
R. Eu não ficaria nú se não houvesse uma razão enquanto ator para fazê-lo. Tudo se trata dos motivos. Nós brasileiros somos conhecidos por serem bem liberais sobre a nudez, mas também somos bem tradicionais. Mas penso que se você tem uma razão e se a história fala sobre a vida e seres humanos e se ela for genuína, então há sim uma razão para a nudez.

P. Você estava 16 ou 18 kg mais magro antes do papel? Quanta diversão!
R. Eu era um coitado. Para recuperar tudo eu comi muita proteína mas não muito carboidrato. O segredo era comer a coisa certa na hora certa, descansar e malhar bastante. Eu não queria ficar musculoso porque os espartanos eram fortes. Eles tinham que parecer maiores que os persas. Mas eu tinha que ter um corpo bem desenvolvido para encontrar a linguagem corporal certa.

P. O que você pensa sobre o fenômeno Lost?
R. Eu já conhecia Lost no Brasil. Era grande, não apenas nos EUA mas no mundo todo. A todos os lugares que eu vou, as pessoas me reconhecem e perguntam sobre o que vai acontecer nos próximos episódios. Eu digo a elas que elas não querem realmente saber porque isso estragaria as surpresas.

P. Você está tomando cuidado no Havaí? Parece que há uma maldição ali, já que vários atores de Lost foram enquadrados pela lei.
R. Eu sou muito tranqüilo e tenho um estilo de vida muito saudável. Eu surfo, faço yoga e então trabalho. Isso é basicamente o que faço o dia todo.

P. Até uando vai o seu compromisso com Lost?
R. (Risos) Você sabe que eu não posso dizer isso. Eu não sei quanto. Eu estou lá, mas não dá para controlar as coisas. Só resta construir o personagem. Eu não me preparo muito porque sabe-se lá o que vai acontecer nessa série.

P. Descreva como está sua vida nesse período.
R. Eu estou indo e voltando entre o Havaí e o Brasil. É um período muito bacana para minha carreira. Não se trata de fazer algo grande, mas sim trabalhar com atores e diretores que sempre admirei. Tem sido uma longa jornada e, graças a Deus, muito gratificante.